domingo, 27 de outubro de 2013

Drones e a Guerra: pode ou não?!?!?!?

Editora Globo

Um ano atrás, na tarde de 24 de outubro de 2012, Mamana Bibi colhia quiabos na propriedade de sua família, localizada no vilarejo de Ghundi Kala, norte do Paquistão – a senhora de 68 anos pretendia cozinhá-los no jantar daquela noite. Estava acompanhada por quatro de seus netos, crianças que ajudavam a avó na colheita. No céu, veículos aéreos não tripulados (drones) dos Estados Unidos faziam manobras. Todos estavam acostumados com aquilo – diariamente as aeronaves sobrevoam o Waziristão, área que faz fronteira com o Afeganistão e se insere numa região controlada por tribos. O motivo das rondas é o fato de o território montanhoso e inóspito abrigar membros do Talibã e da Al-Qaeda. Com frequência, são avistadas até formações de drones, patrulhando os céus em duplas ou trios. Mas, naquele dia, um deles disparou dois mísseis na direção dos civis. Um dos projéteis atingiu Mamana Bibi, que foi destroçada bem ali, diante dos olhos de seus familiares. “Antes eu não tinha medo dos drones. Mas agora, quando eles voam sobre a minha cabeça, eu me pergunto se vou ser a próxima”, diz Nabeela, 8 anos, uma das netas da vítima.

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