O governo da Espanha quer o Brasil acolhendo jovens e trabalhadores desempregados, mesmo diante do histórico nos últimos anos de hostilidade e perseguição a brasileiros que tentam visitar aquele país. Por ano, mais de 2 mil brasileiros, em média, têm sido barrados ao desembarcarem nos aeroportos de Madri e Barcelona, mantidos em cárcere privado, submetidos a humilhações e insultos, inclusive de natureza racista, e deportados de volta ao Brasil. Em 2007, auge da hostilidade, 3.013 brasileiros foram barrados nesses circunstâncias, na Espanha, sem nem sequer conseguirem sair do aeroporto. Em 2008, foram 2.196, totalizaram 1.714 em 2009 e 1.695 em 2010. Agora, com o agravamento da crise econômica, 25% da população economicamente ativa da Espanha está sem emprego e 50% dos jovens. O embaixador espanhol no Brasil, Manuel de la Cámara, reclama do processo "demorado e caro", que dificulta a entrada de trabalhadores do seu país "necessários à indústria brasileira", segundo afirmou a Lisandra Paraguassu, do jornal O Estado de S. Paulo. O diplomata reconhece que "o mercado de trabalho hoje na Espanha não está muito forte e o Brasil é um país que tem grande atrativo por ser um mercado importante e com grande necessidade de mão de obra qualificada". Para De la Cámara, "seria bom ter uma legislação para regular a entrada de pessoas com boa qualificação. Alemanha, Estados Unidos e Canadá são muito mais abertos nesse ponto", comentou.
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