Já joguei mais de 90% da carreira'
Meia diz que futuro após fim do contrato com Fener está decidido, mas não revela destino. Emocionado com homenagem, craque ainda não viu escultura
Ter uma estátua é para poucos. Receber a homenagem em vida, mais raro ainda. O meia Alex tem isso. Ídolo do Fenerbahçe, o camisa 10 está imortalizado em uma praça a poucos metros do estádio Şükrü Saracoğlu, em Istambul. No sábado, cortou a fita, fez discurso, chorou. Mas não conseguiu ver direito a obra. Cercado por centenas de torcedores e pela fumaça da festa, Alex não teve chance de parar e admirar a escultura. Segundo sua filha Maria Eduarda, o rosto do pai está diferente. A cabeça também. Aos 35 anos, o atleta afirmou ao GLOBOESPORTE.COM que pela primeira vez na vida não tem dúvidas sobre o futuro. Já sabe o que vai fazer quando o contrato encerrar no meio de 2013. Não diz ainda para onde vai ou se ficará na Turquia, mas tem uma certeza: sua carreira está caminhando para o final.
Por telefone, poucas horas depois da emocionante homenagem, Alex contou que já pensa na transição de jogador para ex-jogador de futebol. Há oito anos no Fenerbahçe, o camisa 10 é ídolo também de Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro. Só não deixou saudades no Parma, da Itália, e no Flamengo. Paranaenses e paulistas sonham com seu retorno em breve.
- Na minha cabeça está decidido. Mas não é momento de comentar esse assunto. Eu vivo meu momento mais tranquilo em decisões sobre a minha carreira. Quando saí do Coxa para o Palmeiras me perguntei se era a hora certa... Quando fui do Palmeiras para a Itália, foi a mesma coisa. Depois, para o Flamengo, Cruzeiro também... Será que é o momento certo?Toda hora de transferência batia uma dúvida. Às vezes, provava que estava certo. Em outras, estava errado. A ida para o Parma não ajudou em nada. Para o Flamengo foi equivocado, ruim para o clube e para mim. Tive erros e acertos, o que é normal. Sempre tive dúvidas. Hoje, não tenho dúvidas nenhuma. Estou bem resolvido, no momento certo vou divulgar o que vai acontecer - disse Alex.
Já joguei mais de 90% da carreira. Falta um pouco, vamos tentar desfrutar o máximo de jogar bola. Sobre objetivos maiores, isso já passou. Estou na outra curva, de poder me divertir, aproveitar minha família. Minha grande preocupação é fazer a transição de jogador para ex-jogador. Para ser tranquila, não ser um choque: dormir jogador e acordar ex-jogador. Jogo bola desde os 9 anos... Deve ser um choque, confuso. Convivo com amigos que planejaram e hoje têm uma vida tranquila. Os que dormiram jogador e acordaram ex-jogador têm um processo de transição mais complicado. Quero fazer um processo já visualizando que o final está se aproximando - contou.
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