Mulher morreu em hospital irlandês que lhe recusou terminar gravidez inviável
14.11.2012 - 13:01 Por Ana Fonseca Pereira
A Irlanda tem a lei de aborto mais restritiva da Europa (Jessica Persson/Reuters)
“Este é um país católico”. Terá sido com estas palavras que os médicos do hospital de Galway, na República da Irlanda, negaram a Savita Halappanavar o aborto que lhe poderia ter salvo a vida. Grávida de 17 semanas, a dentista indiana foi informada que o feto não era viável, mas disseram-lhe que nada podiam fazer enquanto houvesse batimento cardíaco. Savita morreu uma semana depois, de septicemia.
O caso extremo aconteceu no final de Outubro, mas só agora foi noticiado e bastaram poucas horas para ganhar dimensão de escândalo nacional. O país tem a lei mais restritiva de toda a União Europeia, autorizando apenas o aborto quando a vida da mulher estiver em risco – uma excepção que coloca todo o poder de decisão nos médicos assistentes.
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